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15.2.18

Ginásios desisti.


Os ginásios, e talvez como tantas ou quase todas as coisas na vida, geram pensamentos e comportamentos tão diferentes ao longo da nossa vida... Pelo menos da minha sim.

A adolescência foi o meu primeiro contacto com os ginásios e eram na altura, para mim, um sitio fixe para ir mas onde eu me sentia sempre muito desconfortável. Ora porque estavam cheios de jeitosos, homens nitidamente mais velhos que eu, instrutores com cabeças tão inchadas que pareciam balões meteorológicos ou mulherões cheios de curvas, das boas, dentro de fatos completos de lycra. Mas também, e principalmente, porque ficava o tempo todo constrangida nas aulas de grupo quando ia a malta toda para a direita e eu a saltitar para a esquerda. Nessa altura cheguei a ser frequente no ginásio, o que significa 4 mesinhos de casa vez mas depois mudei de cidade e o ginásio ficou para trás.

Passei por outros ginásios ao longo dos anos mas nunca mantive uma relação de grande lealdade com nenhum. Disse para mim, tantas vezes, é desta Andreia!! É desta que vais começar a ir ao ginásio 3 vezes por semana. Mas sabem que mais!? Desisti de acreditar nisso. Mas vivo bem com isso.

Os ginásios vão ser sempre assim na minha vida. Vou lá quando me apetece. Quando lá vou sinto-me fantástica, cheia de energia e sempre com vontade de voltar mas se acordar numa semana que estou mais virada para cozinhar ou para pôr as séries televisivas em dia, não há ginásio que me arraste até ele. E por vezes passam-se meses até lá voltar, tanto tempo que não será de estranhar que no regresso faça figuras de totó como daquela vez que coloquei o volante da bicicleta de cycling ao contrário, ou da outra (que por acaso calhou no mesmo dia) que tentei insistentemente introduzir o meu código para inscrição nas aulas e sou informada que o código mudou... há muiiito tempo.

O bom da minha relação com o ginásio, hoje em dia, é que para além de me dar um bem estar imenso e uns glúteos mais firmes é um local onde não me sinto nada constrangida... mas isso deve ser o que se chama crescer. Se houver, desse lado do monitor, adolescentes que se sintam desconfortáveis no ginásio, como eu me sentia, não sintam. Afinal estamos lá todas para o mesmo e entre nós, as cotas e as miúdas, são vocês que têm carnes rijas e a renovação celular acelerada a vosso favor. Se vos parecer, que as cotas, são mais boazonas é só porque as lycras põem todos os pedacinhos de flacidez e celulite no seu devido lugar... Transformando-nos em cotas com coxas de Beyonce ou rabos de J.Lo. Para além disso os instrutores hoje em dia, não parecem tirados de agências de manequins (e provavelmente na minha altura também não pareciam mas as minhas hormonas adolescentes não me deixavam ver a realidade) e se se enganarem nas aulas de grupo hão-de reparar que os enganos cabem à maioria e as gordurinhas não queimam mais depressa para quem acerta sempre na coreografia.

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